A história só pode ser escrita com estas letras:
A E O T R S P L M N D C
A E O T R S P L M N D C
A Madalena é a de todos a
recreada lá de casa. Não concorda com o oposto dela. Mas em certos momentos só
a calma tem o condão de a acalmar. Tenta alcançar local sereno e remoto para
morar. No campo, ao som do canto e do encanto dos pássaros, passa para o papel canções.
O Sol e o calor dão alento e o aroma das amoras dá paladar aos doces poemas. As
ondas do mar no pensamento.
O caderno na mesa com a caneta ao
lado toca a atenção da Marta. Senta-se, passando os dedos por ele. Recorda o
momento da deserção. A perda pelo contentamento de traçar letras não era momentânea.
Desolada, recosta-se tentando derrotar o desalento. Pensadora, tenta memorar
cada poema. Eram às centenas de anos e anos de talento. Escondendo sempre de
todos por medo de as suas sensações não serem alcançadas tal como as sente na
alma. Estremece ao pensar.
Às três o sono desaparece. Penso
ler, mesmo escassamente, pode acalmar. Mas não tento e espero pelo cansaço.
Tarde compreendo o erro, após passarem três momentos. Se esperava adormecer era
desacerto. Depressa penso na perda de tempo completamente lançada pela porta.
Só presentemente alcanço o ter passado tanto tempo sem sono. Não será perda,
sempre se tem este conto de setenta e sete e tão escasso de letras para dar a
aprender e alento à talentosa mente.
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